domingo, 25 de março de 2018

DOMINGO DE RAMOS

 

“Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens” (Fl 2,6-7). 


Neste domingo, celebramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Foi realizada uma caminhada pela paz, voltando o foco ao tema da Campanha da Fraternidade, trazida todos os anos pelo CNBB: “Fraternidade e superação da violência”, com encontro em frente ao Rancho Sossego lembrando de alguns acidentes automobilísticos, que tirou a vida precocemente de jovens. 



Houve a celebração, bênçãos dos Ramos e uma pequena reflexão feita por Raimunda Meire sobre violência e nossa responsabilidade na promoção da paz, agindo como família humana, e tendo sentimentos de irmãos. Ela nos lembrou que a violência é algo construído próximo à nós e quando julgamos ou rotulamos alguém, esquecemos o Deus que existe em mim e no outro. Precisamos voltar para nós mesmos e viver o amor sem ser superficial, sem esquecer o que Deus nos exige como filhos Dele: Amar o próximo sem seleção, e com generosidade, ter encontro com o sagrado em nós com a responsabilidade de um mundo melhor. Não podemos nos calar com a morte de nossos jovens e vendo famílias passando fome. 

Seguiu a caminhada com a maioria dos fieis vestidos de branco, balançando os ramos e carregando alguns cartazes pelas ruas principais da cidade, onde algumas residências estenderam panos vermelhos. Ao chegar ao barracão houve uma parada com apelos de “Não” expressando repudia a todo tipo de violência. 

Na homilia, Pe. Gil começou avaliando a celebração em 2 “sabores”: doce (júbilo), e amargo (dor), pois aclamamos a entrada de Jesus e ao mesmo tempo programa-se solenemente a narração evangélica da Paixão de Cristo. Nosso coração enfrenta o contraste, refletindo o que Jesus sentiu naquele momento recebendo a aclamação como Rei e o choro por se realizar o que diz as escrituras, onde acontece o esquecimento à favor dos outros. 

“Como entrou em Jerusalém, Jesus deseja humildemente em nome do Senhor, entrar em nosso coração pelo perdão dos pecados. Que nada nos impeça de encontrar Nele a fonte de alegria, se livrando das amarras da morte. Que essa Semana Santa nos mostre a reflexão da humilhação de Cristo, traído por um discípulo, negado por um seguidor, zombado com insultos, cusparadas e condenado por autoridades religiosas e politicas de sua época. Jesus sentiu na pele a indiferença que muitos irmãos e irmãs injustiçados, sentem desconhecidos na sociedade.” 

Não podemos enfrentar a semana santa como qualquer outra do ano. Temos que agir como cristãos, e usar a festa apenas na ressurreição. “Seria bom que a ceia seja refletida como a Paixão de Cristo pede”. Comemorar com glórias apenas no domingo de Páscoa, e pensar no outro transferindo apoio e palavras de esperanças, seguindo os passos de Jesus, revivendo sua Eucaristia. 

Confira as fotos:
(Clique nas imagens para ampliá-las)
























































Por: Taciana Araújo Carneiro
Fotos: Richard Silvestre

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