Pe. Jairo deu início a celebração falando dos três ícones mais importante da Santa Ceia:
- O compromisso na disponibilidade do amor ao próximo;
- A instituição da Eucaristia;
- A instituição do sacerdócio.
Na homilia Pe. Jairo salientou que cada missa celebrada é o sacrifício de Cristo na cruz em razão do seu amor por nós. Que no dia de hoje sejamos gratos pela Eucaristia e gratos pelo amor de Deus. Falou também que nós não devemos nos apegar as coisas do mundo, pois o ser humano está sendo cada vez mais ingrato para as coisas de Deus. Ele abordou sobre a Páscoa do povo de Israel e do papel de Moiséis na libertação dos Judeus, enfatizando que Deus não nos criou para os vícios e sim para a liberdade, pois Deus nos chama a todo momento para que nós nos doemos ao seu reino.
Explicou sobre a instituição do sacerdócio e da Eucaristia, agradecendo aos fiéis por suas orações dirigidas aos padres.
LAVA PÉS
Vamos acompanhar os gestos praticados por Jesus no lava-pés. Este aconteceu numa refeição. Estar ao redor de uma mesa é sentar-se e partilhar as alegrias, as angústias, as emoções..., também algo para comer.
- Jesus levantou-se da mesa. Ele nos diz que é preciso sair do nosso egoísmo, mobilizar-se, ir ao encontro dos outros.
- Tirou o manto. Jesus se esvazia de si mesmo e coloca-se na condição de servo. Ele nos ensina sobre a necessidade de despojar-se de tudo o que divide, dos fechamentos, das barreiras, dos medos, das inseguranças, que nos bloqueiam na prática do bem.
- Pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Jesus põe o avental para servir. "Aquele que era de condição divina, humilhou-se a si mesmo" (Fl 2, 6-8). Ele nos propõe o uso do avental do servir na disponibilidade, e na generosidade, e ainda do comprometer-se com os mais necessitados e colocar-se em último lugar.
- Colocou água na bacia. Jesus usa instrumentos da cultura do povo: água e bacia. Repete um gesto que era feito pelos escravos ou pelas mulheres. Ele quer nos dizer que para anunciar sua proposta é preciso entender, conhecer, assumir o que o povo vive, sofre, sonha...
- E começou a lavar os pés dos discípulos. Para lavar os pés Jesus se inclina, olha, percebe e acolhe a reação de cada discípulo. Com o lavar os pés, Jesus nos compromete a acolher os outros com alegria, sem discriminações, a escutar com paciência, a partilhar os nossos dons...
- Enxugando com a toalha que tinha na cintura. Jesus enxuga os pés calejados, rudes e descalços de seus discípulos. São muitos os gestos que Jesus nos convida a praticar para amenizar os calos das dores de tantos irmãos: visita a doentes e idosos, organizar-se para atender crianças de rua, uma palavra de ânimo a aidéticos, valorização de nossos irmãos indígenas...
PROCISSÃO DO FOGARÉU
A Procissão do Fogaréu recorda Judas e os soldados, com tochas acesas, procurando Jesus Cristo no Horto das Oliveiras. Hoje, as tochas acesas “devem servir para iluminar o caminho dos que procuram Jesus Cristo, que é a Luz do Mundo, e esta deve ser a missão de toda a família. Isso para nós fieis representa um convite a conversão própria do espírito quaresmal.”
No nosso município a procissão do fogaréu iniciou-se por volta do ano de 1938 e foi introduzida pela família de Joaquim Lázaro Carneiro.
No início só participavam os homens como forma de preservar a história real em que nos grupos dos soldados não existiam mulheres. Contudo, tal prática fora modificada como forma de valorização da mulher e seu papel na sociedade e na igreja.
Os fieis seguindo a tradição trazem suas velas para relembrar aquele momento com muito fervor e devoção.
DEPOIMENTOS DOS FIÉIS:
"Durante a quaresma a Quinta Santa é símbolo importante, pois se faz memória da instituição da Eucaristia. Fiquei honrada pelo convite de ter representado os discípulos na encenação do Lava Pés e finalizando com a Procissão do Fogaréu que representa luz para humanidade".
(Diana Santiago, Estudante da Área de Saúde)
"Para mim foi tudo novidade, pois nunca participei de nenhum ritual da Semana Santa. É um momento de fé, oração e de reconhecimento do amor de Deus por nós".
(Adelma Carvalho e Elmo Carneiro, Casais Jovens)
"Foi um momento forte, um chamado a uma revisão de nossa prática de vida".
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