sábado, 15 de abril de 2017

CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO E MORTE DO SENHOR


“Mesmo sendo filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus, por aquilo que ele sofreu. Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de alvação eterna para todos os que lhe obedecem. “ – Hebreus 5, 8-9.


As atividades dessa sexta santa se deram início às 05:00 horas, com as vigílias que aconteceram na legião de Maria. Cada pastoral foi responsável por uma hora de vigília, começando pelo Apostolado de Oração e terminando pela pastoral do Dizimo.

Na tarde dessa sexta-feira santa, fieis se reuniram na igreja Sagrado Coração de Jesus para a celebração da paixão de cristo, que começou por volta das 15:00 horas.

O Pároco, juntamente com os ministros, leitores, coroinhas e seminarista, adentrou e prostrou-se em frente ao altar. Em seguida, espojou-se num pano vermelho, ato que representa o sinal da entrega, pois Cristo se entregou totalmente a Deus por nós.

Padre Gildevan subiu no altar e deu início a celebração, lembrando a todos ali presentes que ela é dividida em três momentos: A liturgia da palavra, A adoração da cruz e a Comunhão. O pároco também lembrou os fiéis da importância do jejum na sexta-feira santa.

As leituras do dia, como de costume, referem-se ao livro de Isaías (52,13;53,12), salmo responsorial (30), cartas aos Hebreus (4,14-16;5,7-9) e o evangelho de João (18,1-19,42).

“Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço de nossa paz, e suas feridas, o preço de nossa cura. ” – Isaías 53, 5

A primeira leitura dizia a respeito sobre a profecia do profeta Isaías, que a muitos anos antes de Cristo, previu tudo aquilo que aconteceria com Jesus. Padre Gildevan, em sua homilia, proferiu que nós fomos tratados como ovelhas desgarradas e que andávamos sem pastor. E Cristo, no seu sangue, nos fez o único rebando ao redor de um único pastor.

“E o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós. Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca. “ – Isaías 53, 6-7

Na homilia, Padre Gil explicou que esse trecho do livro do Profeta Isaías, refere-se a Jesus que entregou sua vida livremente. Contou também sobre o fato de que esse sacrifício de Cristo aconteceu exatamente no mesmo tempo em que eram sacrificados alguns cordeiros pela pascoa judaica.

A morte de jesus foi provocada por duas situações: uma situação política e a outra, religiosa. Na política, tinham medo de que ele ocupasse o lugar do rei Cesar, pois no domingo de ramos ele foi tratado como um rei. Na religiosa, para os sumos sacerdotes, Jesus se apresentou como Deus, e ninguém é deus a não ser deus.

Padre Gildevan proferiu sobre alguns comentários que fazem a respeito da nossa fé pela cruz, afirmando que nós não adoramos um pedaço de madeira, mas sim o mistério que ela representa, “A cruz é sinal de nossa salvação”.

Após a homilia, os fiéis e o pároco se juntaram em uma oração universal, rezando pela igreja, Papa, pelos cristãos, judeus, pelos que não creem em Deus ou em Cristo, pelos poderes públicos empelas pessoas que sofrem provocações.



O segundo momento da celebração, é o ritual de adoração da cruz. Levada pelo padre em direção ao altar, a cruz estava velada por um pano vermelho, e o sacerdote descobria aos poucos a imagem enquanto entoava o canto “Eis o mistério da Cruz” enquanto os fiéis respondiam “Vinde, adoremos”. Conforme o costume, os fiéis presentes fizeram filas para beijar Jesus crucificado.



Após o ato de adoração, o terceiro momento deu início. Um dos ministros pós uma tolha branca na mesa enquanto o seminarista e um coroinha colocavam dois castiçais, em seguida hóstias consagradas foram postas em cima. “É o único dia no ano que não se celebra a eucaristia” proferiu o Pároco.

Ao final da comunhão, a tolha foi retirado do altar e o após o Padre proferir algumas palavras de despedida, todos saíram da igreja em silencio.

Pela noite, às 20:00 horas, os fiéis se encontraram novamente na igreja matriz para a procissão do Senhor Morto, que aconteceu mesmo chovendo. Após retornarem, deu-se início ao Oficio da Paixão, e assim terminaram as atividades da sexta-feira santa.


Confira as fotos:
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Por Mariana Kaliny

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