terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Missa do 4º Domingo do Tempo Comum



                                       “E acrescentou: ‘Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria’”. (Lc 4,24)


A Liturgia deste domingo é a continuação da do domingo anterior. Há uma semana atrás o Evangelho dizia a confirmação de Jesus perante a assembleia, e já nesta semana nosso Senhor Jesus Cristo apesar de se apresentar como Aquele que era esperado, é rejeitado pelos Seus. O olhar que antes era de inveja, passa a ser um olhar de ódio.

O profeta hoje em dia não é um ser extinto, eles existem. Mas precisam dar as caras, mostrarem-se presentes e fazer jus ao nome de profeta, que significa “boca de Deus”. Mas quem são os profetas?




Uma história: na semana passada o Pe. Rodrigo Oliveira assistiu o matrimônio de um casal de idosos numa comunidade da cidade de Serrinha: o marido tinha 80 anos e a esposa 79. Ambos se separaram no primeiro casamento e depois de se conhecerem passaram a morar juntos e ansiavam casar na Igreja para fazer a vontade de Deus, contudo não podiam devido o fato de existir um ex-cônjuge ainda vivo. Mesmo assim eles não deixaram de servir a Igreja na medida de suas possibilidades. Eles construíram a comunidade local e depois de 35 anos receberam a notícia de que a ex-esposa do senhor havia falecido e que já poderiam contrair o matrimônio. Esse matrimônio é um exemplo do valor profético que este casal possui: mesmo em idade avançada e morando juntos buscaram ser agradáveis a Deus e transmitir esse ensinamento através deste ato que foi dado a eles pelo Senhor como uma graça esperada.

Precisamos reconhecer que somos servos inúteis. Mesmo assim dar tudo de nós: nossos pensamentos, nosso coração, nossos talentos. Pois temos a dignidade de sermos filhos de Deus. O povo de Deus inteiro participa das funções de ser “sacerdote, profeta e rei” em razão a unção de Cristo, conforme diz o Catecismo no parágrafo 783. Somos sacerdotes (sacerdotisas), profetas ou (profetisas) e reis (rainhas) em decorrência ao batismo que recebemos.

Na primeira carta de São Paulo aos coríntios o Apóstolo fala das qualidades do amor. Como profetas precisamos de caridade. Se não há temos de nada vale o nosso anúncio, pois não é verdadeiro. Alguns podem dizer “sou muito sincero(a)” ou “doa quem doer, eu digo a verdade do meu jeito”, mas esta não é a postura de um cristão. Em alguns momentos podem até dizer uma verdade, mas a dizem como alguém que arremessa um tijolo na face do irmão.

Na mesma carta citada o Apóstolo escreve: “Busquem o amor e desejem dons espirituais, principalmente a profecia” (1Cor 14,1). E Jesus disse que quem O ama permanece em Seus mandamentos (cf. Jo 14,23; 1Jo 3,24).

Neste período de novenário, infelizmente, pode haver muitos momentos de quizilas por futilidades, as vezes coisas que nem compreendemos. Mas não devemos nos deixar irar por isso; não conhecemos o interior dos nossos irmãos. Que sejamos sinais proféticos da Palavra de Deus.


Que Deus o abençoe, caro leitor.

Confira as fotos:
(Clique nas imagens para ampliá-las)









Por: Maurício Pereira
Fotos: Mariana Kaliny

Nenhum comentário:

Postar um comentário