segunda-feira, 14 de setembro de 2015

MISSA DO XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM


“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Mc 8,34b)

Na Liturgia deste Domingo o Senhor nos ensina que o Seu discipulado deve atentar à escuta da Palavra e manifestar seu aprendizado através das obras da Fé, com o objetivo máximo de seguir nosso Senhor Jesus Cristo.

A I Leitura, extraída do livro do profeta Isaías (Is 50,5-9a), trata do primeiro ato essencial, que não é da vontade do homem, e sim um Dom de Deus: a escuta da Palavra. Sim, um Dom, pois os juízos de Deus não são os mesmos que dos homens. O profeta diz “O Senhor abriu-me os ouvidos” (Is 50,5a), denotando que não partiu de sua vontade, mas que o satisfez mais do que suas próprias vontades.

Da mesma forma que os nossos pais dizem “me escuta!” ou “presta atenção!”, assim também Deus nos quer que observemos a sua vontade, tal qual nos traz mais felicidade do que nossas próprias vontades egoístas. Para estarmos dispostos a fazer a Sua vontade necessitamos limpar nossos ouvidos da cera do pecado, como disse o nosso querido Pe. Rodrigo, e para isto há um remédio especial e um tratamento: a confissão e a leitura da Palavra, respectivamente.

E como todo bom discípulo deseja um dia tornar-se apóstolo, este necessita converter todo o seu aprendizado em obras vivas, como foi proclamado na II Leitura da Carta de São Tiago (cf. Tg 2,17), não para se vangloriar e espalhar aos quatros ventos em praça pública o bem que fez (cf. Mt 6,3-4), mas para glorificar Deus em tudo e em todos promover a Paz e reconhecer que por mais que grandioso pareça ser o ato, é minúsculo perante a grandeza de Deus, mas é beneplácito aos Seus olhos.

No Evangelho (Mc 8,27-35) Jesus exortou o apóstolo Pedro que O tinha proclamado “o Messias” e, no entanto, não O queria permitir que realizasse a obra salvífica, pois Pedro não pensava como Deus, mas sim como os homens (cf. Mc 8,33b). E nosso Senhor concluiu dizendo que o Seu discipulado consiste em renunciar suas próprias vontades, tomar a sua cruz e segui-l’O desta forma.

Muitos há que resmungar e reclamar de que é muito difícil, e até dizer que é impossível. Mesmo parecendo, “para Deus nada é impossível” (Lc 1,37); basta o nosso “sim” para Deus, como Nossa Senhora fez e tornou-se bem-aventurada. O caminho ora pode ser doloroso, mas o amor e a consolação divina não desaparecerá. Cristo também sofreu muito na Cruz. Basta fixar o olhar em algum crucifixo por um bom tempo e é capaz de sentir uma certa agonia na alma. Mas foi aquela dor, que ainda doe em muitos, que hoje é a maior prova de amor que o mundo presenciou.

Que Deus te abençoe, caro leitor.
Confira as fotos:
(Clique nas imagens para ampliá-las)











Por: Maurício Pereira
Fotos: Mariana Kaliny

Nenhum comentário:

Postar um comentário