sexta-feira, 5 de abril de 2013

3º DIA DE PEREGRINAÇÃO DA IMAGEM DO BOM JESUS DA LAPA NO MUNICÍPIO DE ICHU


Dando segmento a Peregrinação Diocesana da Imagem de Bom Jesus da Lapa nesta quarta-feira a Imagem foi levada a Comunidade de Varjota, onde foi feita uma celebração na Capela de Senhor do Bonfim. Ainda em peregrinação a imagem passou na capela de Santo Antonio (Barra) onde foi recebida e aclamada pelos fieis da comunidade. 

Estiveram presentes na capela fiéis da Comunidade Santo Antonio (Barra), Nossa Senhora Aparecida (Nova Esperança), São Paulo Apóstolo (Campinas) e da sede. 

A liturgia do dia nos convida a refletir sobre a nossa fé no Jesus Ressuscitado através da I Leitura (Atos dos Apóstolos 3,1-10), do Salmo 104,4-9 e do Evangelho (Lucas 24,13-35). 


Pe. Vilmar Correira, que vem de Bom Jesus da Lapa acompanhando a imagem, fez a homilia convidando-nos a comemorarmos o ano da fé proposto pelo Papa Bento XVI que iniciou em outubro do ano passado e se encerra este ano na festa do Cristo Rei, seguindo os mandamentos do Senhor e refletindo sobre a nossa fé. 

Iniciou seu discurso falando da importância da visita da imagem em todas as paróquias da Diocese. Citou alguns mártires de nossa igreja que viveram a fé e por causa dela derramaram o seu sangue. 

A fé é um dom que recebemos de Deus que devemos acolher, mas muitos rejeitam. Da primeira leitura podemos refletir sobre a fé com que Pedro fala ao aleijado: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!”. E assim ele fez, teve fé levantou e andou. 

No Evangelho Jesus caminha com os discípulos de Emaús logo depois da sua paixão. Desolados, abatidos, sem esperança os discípulos seguem e reconhecem Jesus que reaparece repartindo o pão e o vinho como símbolo do seu corpo e do seu sangue. Ele explica aos homens que não permanecerá em corpo mas em espírito no meio de todos nós e pede para anunciar a todas as criaturas. 

Assim, entendemos que o ato de fé nos dá responsabilidade. Tudo pertence a Deus, percebemos o que as pessoas são para Deus, eu tenho responsabilidade com o outro, com a natureza, com meus filhos, com o bem, com as coisas boas, com a justiça e assim por diante.

O padre encerra suas palavras contando-nos a parábola do rato e da ratoeira leva-nos a refletir sobre até quando vamos achar que coisas que acontecem com outras pessoas não tem nada a ver com a gente, por não ter nenhum parentesco, nenhum elo, nenhuma proximidade. Será que não percebemos que tudo e todos são totalmente interdependentes? A fé me leva a um compromisso! 

A FÁBULA DO RATO E DA RATOEIRA 

Olhando por um buraco da parede o ratinho viu que os donos da casa tinham comprado uma caixa grande. Ficou muito curioso e pensou: 

– O que será que tem ali de bom para eu comer? Quando olhou mais atentamente, notou que o embrulho continha uma ratoeira. 

O ratinho ficou preocupado, afinal uma ratoeira é para pegar ratos e eu sou um rato... Ato contínuo saiu correndo e no caminho encontrou com a galinha; apressado, falou: 

– Nós estamos correndo um sério risco! Os donos da casa compraram uma ratoeira. Como vamos resolver esse problema? 

A galinha respondeu: 

– Não vejo nenhum problema. Nunca vi alguém pegar galinhas com ratoeira. O senhor é quem deve estar um pouco preocupado, até porque eu não fico lá dentro da casa comendo a comida deles, nem fico me esgueirando pelos cantos. Sou uma pessoa importante nesta casa, eu dou ovos diariamente. 

E, assim falando, saiu toda imponente ciscando o chão. 

O rato viu que não tinha jeito de convencê-la e saiu correndo em desabalada carreira. Correu, correu e encontrou-se com o porco. Quase sem fôlego falou: 

– Olha, o problema é bastante sério, compraram uma ratoeira! O que é que a gente vai fazer?!... A galinha nem ligou... 

O porco pensou um pouco e depois respondeu: 

– Meu amigo, o que é que eu tenho com isso? Eu fico quase o dia todo preso no cercado! Além do mais, o porco é — dentro do reino animal — um bicho importante, quase que reverenciado! Eles precisam de mim, não vê como sou bem alimentado? E ninguém pega porco com uma ratoeira... O senhor é que deve estar preocupado. Vou fazer o seguinte: sempre que eu rezar vou pedir por você, orando que sua morte seja rápida... 

Desesperado o rato continuou correndo e encontrou-se com a vaca que descansava debaixo de uma árvore frondosa. Chegou perto dela mais cauteloso e falou: 

– Senhora vaca, compraram uma ratoeira! A fazenda toda corre risco! Eu falei para a galinha, mas ela nem ligou. O porco riu de mim... E quanto à senhora, pretende fazer o quê? 

Respondeu a vaca: 

– Eu??? E eu tenho alguma coisa a ver com uma ratoeira? Nunca ouvi falar que uma vaca tenha sofrido algum tipo de constrangimento por uma ratoeira! Acho que o preocupado aqui é você... Eu não tenho nada com isso! Se eu fosse você corria e me escondia. Onde já se viu uma vaca ter medo de uma ratoeira, logo o bicho mais importante do reino animal... 

E o rato então, preocupado e sem ninguém para ajudar, escondeu-se num cantinho e lá ficou quieto. Nesta noite ouviu-se um grande barulho. A ratoeira tinha funcionado... Os donos da casa se levantaram. A senhora foi rápido, no escuro, para matar o que houvesse sido preso. A ratoeira pegara uma cobra pelo rabo; era uma cobra muito venenosa e o bicho, vivinho da silva, picou a mão da senhora. E ela começou a ficar muito doente, com muita febre. Seu marido, preocupado porque ela estava com muita febre, mandou matar a galinha e fazer uma boa canja. Uma canja bem grossa é ótima quando a pessoa está com febre. Mas a senhora não melhorava e teve que ser hospitalizada. Ficou no hospital durante uma semana. Vários parentes e amigos vieram visitá-la. O marido, sem saber como alimentar toda aquela gente que não parava de chegar, mandou matar o porco. Infelizmente, após uma semana senhora veio a falecer. A despesa com o enterro foi muito grande, e o marido viu-se forçado a matar a vaca e vender todos os pedaços para honrar os compromissos assumidos com o falecimento.

Confira as fotos:
(Clique nas imagens para ampliá-las)












 












Por: Lhayanna Carneiro

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