domingo, 24 de março de 2013

DA QUARESMA – TEMPO DE CONVERSÃO. A PÁSCOA – TEMPO DA VERDADEIRA ALEGRIA. POR: PADRE JAIRO


A Igreja como todos os anos, aproveita a oportunidade desse tempo para nos conduzir pelos caminhos da oração, do jejum, da mortificação e da caridade; para chegarmos a Páscoa, renovados em Cristo.


Converti-vos e crede no evangelho é o apelo com o qual iniciamos o tempo quaresmal. “Jesus voltou para a Galileia, pregando a Boa Notícia de Deus: O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e acreditem na Boa Notícia” Marcos 1, 14-15.

Na Quarta-feira de Cinzas, a Igreja inicia o tempo de penitência, oração e conversão denominado de Quaresma.

A Quaresma faz memória de Cristo, em seus quarenta dias no deserto. (Mateus 4,1-11 e Lucas 4,1-13), revivendo a própria experiência dos quarenta anos do povo de Deus, que também viveu no deserto (livro do Êxodo). É um “tempo favorável” para a redescoberta e o aprofundamento do nosso discipulado em Cristo, para um novo nascimento que culmina com a renovação das promessas batismais na celebração do Sábado Santo. É também o tempo de renovação espiritual, especifico ou mais propicio para a prática da oração, do jejum e da esmola. Como nos diz São Pedro Crisologo:

“O que a oração pede, o jejum alcança e a misericórdia recebe. Oração, Misericórdia e Jejum: três coisas que são uma só e se vivificam reciprocamente”.

E como tem acontecido a mais de quarenta anos. A Igreja do Brasil aproveita desse período para nos conscientizar de situações delicadas pelas quais vive o nosso país. E esse ano nos convida a voltar o nosso olhar para os nossos jovens com mais carinho, promovendo a Campanha da Fraternidade com o tema “Fraternidade e juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me.” (Is 6,8).

Portanto a Quaresma é um tempo primordial de conversão, isto é, de reconciliação com Deus, consigo e com o próximo. O jejum e a abstinência que praticamos, quebrando o nosso orgulho, nos convidam a imitar vossa misericórdia, repartindo o pão com o necessitado. Assim afirma São Leão Magno:

“Aquilo que cada cristão deve realizar em todos os tempos, agora deve praticá-lo com maior solicitude e devoção, para que se cumpra a norma apostólica do jejum quaresmal, que consiste na abstinência não apenas dos alimentos, mas também e, sobretudo, dos pecados. Além disso, a estes jejuns obrigatórios e santos, nenhuma obra pode ser associada mais utilmente que a esmola que, sob o único nome de “misericórdia”, inclui muitas obras boas. Imenso é o campo das obras de misericórdia”.

Sem perder a esperança e o objetivo da Quaresma, que nos leva a Festa da Páscoa e Ressurreição do Senhor. Vida Nova em Cristo. Aproveitemos do presente em vista de um futuro melhor.

Porque a experiência da presença do Cristo Ressuscitado (objetivo ultimo do Cristão) marcou a vida das primeiras comunidades Cristã e continua marcando e motivando a vida do Verdadeiro Cristão ainda hoje. É nessa perspectiva que somos convidados a viver a Quaresma em vista da Verdadeira Alegria que é o Cristo Ressuscitado vem nos proporcionar com a sua Ressurreição. Porque celebrar a Páscoa é fazer memória da ação redentora que Deus nos oferece para provar o seu amor por meio do seu filho Jesus Cristo. A sua morte e ressurreição é o acontecimento histórico, e espiritual, que norteia toda a vida do cristão. “Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!” (Sl 117, 24).

Pe. José Jairo Costa Lobo

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