As Celebrações da Missa da Ceia do Senhor, do Lava-pés e da Procissão do Fogaréu falam por si só. Nestas, fazemos memória de Nosso Senhor Jesus ensinando aos seus discípulos o verdadeiro ensinamento que se dá pelo testemunho.
Na Quinta-feira Santa à noite, faz-se memória à Última Ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia, sendo também considerado Dia do Sacerdote devido a isto. O altar é despido para tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus.
Também na Quinta-feira Santa celebramos o gesto de Cristo em lavar os pés dos apóstolos que deve despertar a humildade, mansidão e respeito com os outros. Quando um visitante chegava em uma casa, era de costume dos judeus terem os pés lavados, mas pelo escravo da casa. O verdadeiro Senhor é aquele que se coloca no menor lugar. A nossa Igreja é a Igreja do serviço, da caridade, da humildade. Quando fugimos desses princípios, estamos deixando de ser Igreja. Devemos ser Igreja onde Deus queira que sejamos Igreja. E é no nosso silêncio que Deus fala, na oração.
A tradição da Procissão do Fogaréu é vistas como prática da piedade popular, o que a Igreja não condena. A piedade popular tem o seu valor na experiência de fé do povo, ou seja, são práticas que ajudam o povo a se colocar nessa intimidade com o Senhor. É uma forma de manifestar a fé, à sua maneira, sim, mas o que temos que fazer que a Igreja sempre solicitou é que essas práticas não sejam fins em si mesmas, ou seja, que elas conduzam à verdadeira liturgia. Deus é Comunidade. A glória de Deus é o homem vivo. O homem tem de servir, a Igreja que serve.
Antes da Procissão, o Santíssimo foi levado ao salão de oração da RCC, onde foi deixado e, após o término do Fogaréu, sendo adorado até o momento da Celebração da Paixão de Cristo.
Confira as fotos:
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Por: Maurício Pereira
Fotos: Mariana Kaliny
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